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Conciliando o tratamento do tumor de mama com proteção cardíaca

Conciliando o tratamento do tumor de mama com proteção cardíaca

Câncer de mama, excluindo neoplasia de pele não melanoma, é o tumor mais incidente em mulheres com estimativa de, aproximadamente, 66.000 casos por ano entre 2020 e 2022 de acordo com estimativas do INCA.

O tratamento costuma ser uma combinação de cirurgia, tratamento sistêmico e/ou radioterapia, de acordo com particularidades de cada caso.

Diversos tratamentos oncológicos têm risco de efeitos adversos cardíacos, dentre eles a radioterapia, que é um componente importante no tratamento adjuvante (pós-operatório) do tratamento curativo do tumor de mama em muitas situações beneficiando pacientes ao longo de muitas décadas.

É um fato conhecido de que a dose de radiação no coração tem relação com risco de efeitos colaterais. A Radioterapia vem evoluindo para reduzir cada vez mais a dose e a porção irradiada do coração durante o tratamento.

A radioterapia conformacional (3D) é um exemplo deste avanço. Nesta técnica se define os melhores campos de tratamento para proteger o coração de acordo com a anatomia individual do paciente. Outra forma, em casos apropriados, é a radioterapia parcial da mama.

Mais recentemente, os serviços que dispõem de alta precisão e tecnologia refinaram ainda mais este ganho implementando, para alguns casos, a técnica de “DEEP INSPIRATION BREATH HOLD” (DIBH). Esta técnica de tratamento se baseia no planejamento utilizando uma tomografia 4D que é feita previamente ao tratamento e, dependendo da capacidade da paciente em alternar respirações normais e pequenos intervalos de inspiração presa, é possível neste momento (quando o coração se distancia da parede torácica) efetuar a irradiação da mama e assim reduzir substancialmente as doses no coração.

O tratamento oncológico evoluiu muito ao longo das décadas e com a radioterapia não foi diferente.

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