Esse tipo de neoplasia abrange tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon) e no reto
Estimativas do Instituto Nacional de Câncer – INCA apontam para 2023 mais de 45 mil novos casos de câncer de intestino, sendo que desse total 18% serão na população da região Sul. Os dados colocam este tipo de câncer como o terceiro mais prevalente em homens e mulheres. Com esses números alarmantes, a campanha Setembro Verde, promovida pela Sociedade Brasileira de Coloproctologia (SBCP), torna-se muito relevante, pois visa conscientizar a população sobre os riscos do câncer de intestino (colorretal – cólon e reto) e as formas de prevenção.
Esse tipo de neoplasia, que vem crescendo no país, abrange tumores que se iniciam na parte do intestino grosso (cólon) e no reto. O rádio-oncologista Henrique Balloni, do Oncoville, explica que os principais sintomas de alerta são sangue nas fezes, alteração do hábito intestinal, com presença de diarreia e prisão de ventre alternados, dor ou desconforto abdominal, sinais de fraqueza, anemia, perda de peso sem explicação e aparecimento de massa abdominal.
Vale lembrar que diagnosticado na fase inicial esse tipo de tumor alcança índices de cura entre 90% e 95%. “Exame endoscópico de colonoscopia (aparelho flexível com câmera para visualização da luz intestinal) é a escolha para rastreamento e diagnóstico desse tipo de tumor. Realiza-se uma biópsia, que é a análise de um pequeno pedaço de tecido removido da lesão suspeita, que será enviada para análise de um médico patologista. Com o diagnóstico confirmado, a escolha do tratamento para o câncer colorretal depende de diversos fatores. A estratégia de tratamento deve ser discutida em equipes multidisciplinares de cirurgia, oncologista clínico e radioterapia”, expõe.
Em tumores de reto iniciais é possível indicar quimioterapia e radioterapia antes da cirurgia. “O objetivo é reduzir o tamanho do tumor e melhorar o resultado da cirurgia. A radioterapia também pode ser empregada, em casos selecionados, na irradiação de metástases através de feixes altamente precisos no tumor (radiocirurgia)”, aponta o rádio-oncologista.
Adoção de um estilo de vida mais saudável aliada à prática de exercícios físicos, evitar o consumo de álcool e cigarro, estar atento ao histórico familiar, bem como realizar exames preventivos de colonoscopia após os 45 anos, segundo algumas diretrizes atuais americanas. E o mais importante: diagnóstico precoce de lesão pré-maligna, pólipo com displasia de alto grau, pode evitar o desenvolvimento do câncer colorretal em alguns anos ou mesmo quando diagnosticado na fase inicial, com chances de cura muito grandes. Também é fundamental ficar atento aos fatores de risco. Entre eles: