O consumo de álcool é fator de risco para doenças não oncológicas e oncológicas, como, por exemplo, tumores de boca, faringe, laringe, esôfago, cólon, reto, fígado e mama (em mulheres). Dados publicados no mês de julho na revista científica The Lancet Oncology apontaram uma estimativa global de que 4% de todos os novos diagnósticos de câncer em 2020 têm relação com consumo de álcool, representando mais de 700 mil casos.
O consumo de álcool foi classificado como moderado (até 20 gramas de álcool/dia – dois drinques por dia), de risco (entre 20 e 60 gramas de álcool/dia – entre dois e seis drinques por dia) ou intenso (mais de 60 gramas de álcool/dia – mais de seis drinques por dia).
Estratificando o risco em relação a esta classificação, o consumo moderado foi responsável por 14% dos casos (mais de 100 mil), o de risco por 39% (mais de 290 mil casos) e o intenso por 47% (mais de 345 mil casos). Subestratificando o risco em acréscimos de 10 gramas/dia, o consumo de até 10 g/dia (até um drinque) contribuiu com, aproximadamente, 5,5% dos casos.
As taxas mais altas de incidência de câncer relacionadas ao consumo de álcool foram em homens e mulheres que consumiam, respectivamente, de 30 a 50 gramas por dia e de 10 a 30 gramas por dia.
Leia a reportagem original sobre o estudo da The Lancet Oncology: https://edition.cnn.com/2021/07/13/health/drinking-alcohol-cancer-risk-study-wellness/index.html