Uma das formas de radioterapia para o tratamento do câncer de pele mais difundida no mundo é a Eletronterapia, uma técnica onde elétrons de alta energia, provenientes do acelerador linear, são empregados para a irradiação superficial. Normalmente, a estimativa da extensão em profundidade da lesão é dada pela imagem tomográfica, onde é possível, então, extrair a informação de qual energia dos elétrons deverá ser selecionada. Quanto mais profunda for a lesão, maior será a necessidade de empregar elétrons de maior energia.
O processo de planejamento da Eletronterapia é bastante simples. O paciente é conduzido à simulação, que é a tomografia da região a ser tratada, após a confecção de suportes e imobilizadores necessários, já na posição em que o tratamento será feito, para que a imagem tridimensional local seja obtida. Nessa imagem o médico rádio-oncologista desenhará a lesão que será tratada, a melhor angulação de tratamento do acelerador linear e então será confeccionada uma blindagem personalizada a ser acoplada ao Gantry do acelerador linear a cada dia de tratamento do paciente. Essa blindagem permitirá irradiar apenas a lesão e poupar os tecidos sadios circunvizinhos. O tempo de irradiação leva em torno de um a dois minutos.