A prevenção e o diagnóstico precoce possibilitam mais alternativas para controle e cura da doença
O Instituto Nacional de Câncer – INCA estima que 73.610 novos casos de câncer de mama serão diagnosticados até dezembro de 2023. Com a chegada de mais um Outubro Rosa, é o momento certo para reforçar a importância da prevenção contra esse tipo de tumor que afeta as mulheres e homens, mesmo em casos raros. Nas mulheres, exceto o câncer de pele não melanoma, o câncer de mama representa 29,7% dos diagnósticos positivos.
A médica rádio-oncologista do Oncoville, Paula Soares, explica que é fundamental que as mulheres se conscientizem sobre a prevenção e o diagnóstico precoce. “Em outubro, dedicamos em particular a orientação das pacientes sobre os cuidados que devem ter durante a vida em relação aos tratamentos, rastreamento e aos exames que precisam ser realizados regularmente. Com o diagnóstico inicial, ou seja, detectando a doença no começo, as chances de cura são maiores – cerca de 95% – e possibilita um tratamento menos radical.”
Mulheres com mais Idade , principalmente a partir da quinta década de vida, têm maior risco de desenvolver câncer de mama. Porém, recentemente, a Sociedade Brasileira de Mastologia – SBM destacou que houve um aumento de casos da doença entre mulheres abaixo dos 35 anos. Além dos fatores de risco, como obesidade, etilismo e tabagismo, também é necessário ficar atento à pré-disposição genética. “Se existem casos de câncer de mama em parentes próximos, como mãe, irmãs, avós, tias ou primas, é preciso que a mulher inicie os exames de rastreamento precocemente, possibilitando que o diagnóstico seja realizado com a doença em estádio inicial”.
Uma das formas de tratamento do câncer de mama é a radioterapia. Com o avanço da tecnologia, abriu-se a possibilidade de se aplicar doses mais altas de radioterapia em menos sessões, com a mesma eficácia e sem um aumento significativo na toxicidade. Até algum tempo atrás, o tratamento considerado padrão de radioterapia para câncer de mama era composto, em média, por cerca de 25 – 30 aplicações.
Com a evolução, novos estudos mostraram que esse número pode baixar consideravelmente. Agora, o número total de dias de tratamento poderá variar de 5 a 16 dias nos casos que é possível, conforme avaliação do rádio-oncologista”, cita Dra. Paula Soares. Ainda haverá a possibilidade para algumas pacientes realizarem o tratamento em 25 dias (conforme avaliação de cada caso especificamente) e o tempo de cada sessão é definido individualmente.
“A prevenção e o diagnóstico precoce possibilitam mais alternativas para controle e cura da doença. Por esse motivo, é fundamental manter os exames em dia e, sempre que perceber algo diferente no corpo, procurar um especialista. Quanto mais cedo diagnosticado, melhores as chances de cura”, reforça Dra. Paula Soares.